CHARLES VILDRAC
( FRANÇA )
ALMEIDA, Guilherme de. POETAS DE FRANÇA. São Paulo: 1936.
Ex. bibl. Antonio Miranda
TEXTO EN FRANÇAIS - TEXTO EM PORTUGUÊS
CHANSON DE LA FORTUNE
Comme elle a les yeux bandés,
Elle a d´abord demandé
Ou aller.
Des maquignons qui passaient,
Des bague a tour leurs doigts,
Ont entouré ses poignets
De leur fouet.
Elle a couché avec eux
Et ils ont coupé pour eux
Ses cheveux.
Et ils l´ont gardée depuis
Dans l´enceinte qui est faite
De leurs ventres.
Il ne faut pas la maudire
O vous tous qui supputiez
Ses sourires !
Elle ignore où elle va…
A ses poignets les cuirs gras
Lui front mal.
C´est ce bandeau, de bandeau…
Oh ! derrière ce bandeau
Ses yeux peut-être sont beaux
Et pleins d´eau…
Qu´on arrache ce noir scel
Et nous la verrons, qui sait ?
Avec ses yeux de pucelle,
Donner du pain aux moineaux.
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de Guilherme de Almeida.
CANÇÃO DA FORTUNA
Pois que tinha o olho vendado,
Perguntou para que lado
Devia ir.
Uns tratantes que passavam
Com dedos cheios de anéis,
Tomaram-lhe o pulso e o ataram
Com seus cordéis.
E foram dormir com ela,
E cortaram-lhe os cabelos
Só para eles.
E esconderam-na bem entre
A muralha gorda feita
Dos seus ventres.
Não julgueis mal por isso,
Vos que podeis avaliar
Seus sorrisos!
Ela não sabe aonde vai...
No seu pulso a corda má
Faz-lhe mal.
É aquela venda maldita...
Talvez, atrás dela, a mágoa
Ter-lhe-á feito o olhar bonito
Raso de água.
Tirem-lhe a faixa assassina
E ela até será capaz,
Com seus olhos de menina,
De ir levar pão aos pardais.
*
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Página publicada em junho de 2024
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